Marcelo Zacarelli

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10 janeiro 2011

Átrio da Demência


Toninho e Maria Inácio










Espera encontrar-me no átrio da demência
Tu profanas no escândalo da concupiscência
Vara-me com pensamentos inescrupulosos
Ridiculariza-me com teus anseios
Despista as minhas intenções
O inferno está a um passo da irracionalidade
Sorte é estar despido da tua imprudência
Os teus olhos que repugnam as minhas defesas
As teias da tua indolência equilibram meu sofrer
Espera encontrar-me a beira da loucura
Do precipício dos prazeres
Me faz escalar os degraus da tua carne
 E descer o rapel da indecência
Imaginar que posso fugir é utopia
Gritar na surdez da esquizofrenia
Subestima o predador a sua presa
E debocha da tua caça abatida
Maquiavélica rege os meus movimentos
Meus tormentos e fraqueza
Não mais tornarei a ser eu em sã consciência
Uma vez que provastes do meu amor
No átrio da demência.


(Pensamentos Complexos)

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, Janeiro de 2011 no dia 10

4 comentários:

Anônimo disse...

A Paixão muitas vezes nos leva a este átrio da loucura, o mais gostoso dos teus poemas são sem dúvidas estes paradoxos surreais de difíceis compreensões, nos faz viajar além do podemos entender.

Regina Bitencourte.
Londrina (PR).

Anônimo disse...

A Demência em grande estilo, a certas mulheres que nos enlouquecem...

Levi Ribeiro Fortunato.
Formiga (MG).

Anônimo disse...

Mais um poema lindo escrito por ti.
Lena Cardozo Alvarenga.

Anônimo disse...

Esquizofrênico este teu poema, porém muito interessante.

Magda Alves Toledo Pucci.

São Paulo (SP).