Marcelo Zacarelli

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07 janeiro 2011

A Cegueira da Solidão



Pareço caminhar por infinitas dunas
Observado pelos faróis dos fortes
Pareço fraquejar nesta minha peleja
Quando me escurecem os olhos
Porém uma certeza
Das incontáveis areias e solidão que rodeia
Parece ser um coração de incertezas
Um amor que foi embora
Que nunca tive, ou só tristeza...
 Há noite vaga com olhares de negrume
E vigia-me como a viúva nos dias da ira
Como cães em dias famintos
Assim é a certeza das dúvidas
Queria esmorecer aos açoites de um olhar compenetrado
Extrair a luz de uma falsa convicção que me persegue
O relento da madrugada que me consome
Como homem que sou sem a tua guia
Multiplicam-se os dias
Parecem ser maiores que as dunas
As dores deste amor que me deixou
Parece que o forte não me alcança
E a madrugada me extermina
Há uma dança de revoadas caladas
Palavras em redemoinhos
Há uma certeza do amanhecer
Do calor que embora me penetre, me seque
Há uma certeza que os faróis dos fortes
Conduzem-me a beleza das mortes
Encontrei o caminho ao amanhecer
Perderam-se as noites
A beleza das areias
Perderam-se a certeza das incertezas
Que impulsionaram para a vida
O que me motivava para a solidão
Pareço estar protegido pelo forte dos teus olhos
Quando o que eu mais queria
Era a cegueira da solidão.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, Janeiro de 2011 no dia 07

Um comentário:

Anônimo disse...

A Solidão realmente nos cega e tortura a nossa convivência, a saudade dói mais a solidão é a própria dor.

Mirna Helena Rinaldi.