Pareço caminhar por
infinitas dunas
Observado pelos
faróis dos fortes
Pareço fraquejar
nesta minha peleja
Quando me escurecem
os olhos
Porém uma certeza
Das incontáveis
areias e solidão que rodeia
Parece ser um
coração de incertezas
Um amor que foi
embora
Que nunca tive, ou
só tristeza...
Há noite vaga com olhares de negrume
E vigia-me como a
viúva nos dias da ira
Como cães em dias
famintos
Assim é a certeza
das dúvidas
Queria esmorecer
aos açoites de um olhar compenetrado
Extrair a luz de
uma falsa convicção que me persegue
O relento da
madrugada que me consome
Como homem que sou
sem a tua guia
Multiplicam-se os
dias
Parecem ser maiores
que as dunas
As dores deste amor
que me deixou
Parece que o forte
não me alcança
E a madrugada me
extermina
Há uma dança de
revoadas caladas
Palavras em
redemoinhos
Há uma certeza do
amanhecer
Do calor que embora
me penetre, me seque
Há uma certeza que
os faróis dos fortes
Conduzem-me a
beleza das mortes
Encontrei o caminho
ao amanhecer
Perderam-se as
noites
A beleza das areias
Perderam-se a
certeza das incertezas
Que impulsionaram
para a vida
O que me motivava
para a solidão
Pareço estar
protegido pelo forte dos teus olhos
Quando o que eu
mais queria
Era a cegueira da
solidão.
Pelo autor Marcelo
Henrique Zacarelli
São Paulo, Janeiro
de 2011 no dia 07
Um comentário:
A Solidão realmente nos cega e tortura a nossa convivência, a saudade dói mais a solidão é a própria dor.
Mirna Helena Rinaldi.
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