Marcelo Zacarelli

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08 janeiro 2011

Excêntrica Dor


Valdelice Maria Feitosa














Vou me divorciar da excêntrica e romântica vida
Da ilusão que me assiste a razão
Da cólera da normalidade
Da mentira subtraída da emoção
Vou resistir às tormentas das minhas vontades
E as mais absurdas façanhas das minhas vaidades
Quero sentir a dor...
A dor que por vezes me assalta pela madrugada
Que me arranca sinceros clamores
Que purifica o cinismo dos meus pecados
Quero a dor de perder um amor fictício
Que faz do meu vício a alegria de viver
Quero a dor do silêncio que me desperta em voz alta
Quero soar como um timbre desesperado
Ecoar nos ouvidos dos cegos
Suportar a dor do perdido amor
Volta como noiva arrependida
Volta para mim vida
Os opostos que se atraem e trai
Vou trair minha vida no contraste desta minha partida
Vou me divorciar da excêntrica e romântica dor
Diga-me o que sou sem o contraste da dor
E sem o brilho do amor!
Já posso entender que não mais existo. 


 (Pensamentos Complexos)

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, Janeiro de 2011 no dia 07

2 comentários:

Anônimo disse...

A Dor é excêntrica e pode ser sentida ao ler este poema, gostei muito...

Erick Carlos Lombardi.

Anônimo disse...

Um pensamento além do que se pode imaginar, tua escrite ilude a sensibilidade do acontecer.

Germanna Cerqueira Araújo Mello.