Marcelo Zacarelli

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07 abril 2011

Teu Andar

Basta você chegar!
E teu andar pára o que quer que mova;
A passarela estática desacredita;
Imóvel estende o tapete do frio concreto
Só pra ver você passar;
As escadarias ensaiam no mais
Diverso som, as notas...
Musicais dos teus saltos;
E os olhos curiosos das
Mais diversas cores;
Contemplam-te que por
Mais alguns segundos;
De queixos caídos olham
Para si na esperança
De encontrar teu requebrado;
Se bem que na silhueta
Alheia hão de encontrar
Um pouquinho de ti; mais não como...
No encantar de uma valsa;
No vai e vem dos teus quadris;
Perdem-se os olhares dos mortais
Apartam-se os gramados;
Retiram-se os pedregulhos
Insignificantes, desviam-se as possas;
Contornam-se as vias, todos te seguem...
Pela esquerda ou pela direita;
Quando você passa o
Tempo parece parar;
O vento certamente te
Acompanha, soprando...
Em teus cabelos querendo
Olhar-te em segredo;
Quando você passa;
Teu andar pára;
O que quer que mova.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Agosto de 2007 no dia 22 Guarulhos (SP)

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