Marcelo Zacarelli

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11 novembro 2011

Maldito Vidraceiro


Da vidraça quebrada
Posso ver a rua
Do buraco da vidraça
Que saudade sua...
Da violência na vidraça
Sob a pedra atirada
O romantismo da visão
Como o estilhaço da vidraça
Um quebrantado coração...

Da vidraça quebrada
Posso ver a lua
Do buraco da vidraça
Que saudade sua...
Ao lado de fora
À noite como criança
A saudade que assovia
Adormecem junto aos boêmios
Da estafada nostalgia...

Da vidraça quebrada
Posso vê-la nua
Do buraco da vidraça
Que maldade sua...
Que saudade do moleque
Do estilingue e da pedrada
Da patroa com ciúme
Que chamou o vidraceiro
E acabou com a graça...

Da vidraça não quebrada
Posso ver a rua
Sem buraco na vidraça
A saudade continua...

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Abril de 2002 no dia 04.

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