Calmo, insuportável e monótono pensar...
Onde se faz noite meu entardecer
Onde reconheço este meu pesar
Dor incalculável
do meu ser
Meu corpo não sei bem certo
Ferido, desprovido de desejos incorretos...
Deserto inabitável de segredos e lar perverso
Tenho tamanha admiração e tristeza no coração
Qual estrada comprida e abrigo no sótão
São tantos chãos e
mares sem razão
Não se pode descrever nem
explicar a solidão;
Sangue derramado nas areias da dor
Ironias desta vida desencontros do amor
Deveras estas dunas tivessem sentimentos
Mas são corpos minúsculos,
vulneráveis e ventos...
Pobres areais são injurias e lamentos
Não podeis conhecer o final
desta estrada
São avenidas de veias
sofridas
Nem o sol nem o mar são maiores que o
desengano
Então por que fazermos planos
Todos os caminhos são
inversos de compaixão
Recordar talvez fosse plantarmos uma flor
No deserto inabitável deste nosso coração.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Julho de 2002 no dia 21.
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