Marcelo Zacarelli

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04 fevereiro 2012

Deserto Inabitável


Calmo, insuportável e monótono pensar...
Onde se faz noite meu entardecer
Onde reconheço este meu pesar
Dor incalculável do meu ser
Meu corpo não sei bem certo
Ferido, desprovido de desejos incorretos...
Deserto inabitável de segredos e lar perverso
Tenho tamanha admiração e tristeza no coração
Qual estrada comprida e abrigo no sótão
o tantos chãos e mares sem razão
o se pode descrever nem explicar a solidão;

Sangue derramado nas areias da dor
Ironias desta vida desencontros do amor
Deveras estas dunas tivessem sentimentos
Mas são corpos minúsculos, vulneráveis e ventos...
Pobres areais são injurias e lamentos
o podeis conhecer o final desta estrada
o avenidas de veias sofridas
Nem o sol nem o mar são maiores que o desengano
Então por que fazermos planos
Todos os caminhos são inversos de compaixão
Recordar talvez fosse plantarmos uma flor
No deserto inabitável deste nosso coração.


Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Julho de 2002 no dia 21.

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