Meu subconsciente emergiu dentre o mar das
ilusões
Respirou um ar contaminado de impurezas e
promessas vãs
Meus ouvidos atentos ao soar das trombetas
Desencontraram-se de palavras que como veneno
Busca ser ingerido por pessoas ingênuas
Abaixo dos meus olhos vejo as ilhas flutuantes
Tal como presa cercada de incertezas
A espera de predadores famintos
Ilhas acorrentadas pelo sistema
Dominadas, sentadas e acomodadas...
Enxergando a esperança com o binóculo
da ignorância
Ilhas com pés calejados
Caminhando por estradas sem destino
Repletas de bagagens e pesar
Aqui de cima é mais fácil
de enxergar
Ilhas desgovernadas ofuscadas pelo véu
de maya
Dominada pela minoria munida de diploma da
corrupção
Porcos soberbos ensinam aos nossos pequenos a
se perderem...
Um poço de lamas retarda a dignidade na casa
de muitos
Daqueles que lançam sementes com a mão
machucada
E regam esperanças de dias melhores
Quando cresce a árvore do entusiasmo
Na terra do seu coração
Aproxima-se a tempestade com a ira do tempo marcada
em seus olhos
Atravessam os campos como cavalos apressados
Somos todos culpados, trens desgovernados
Caminhando sobre os trilhos da ilusão
Somos máquinas desgovernadas necessitadas de
união
Precisamos acreditar em nós mesmos
E juntos poderemos mudar esta nossa história
Ou teremos a vergonha de contar aos nossos
filhos
Um capítulo triste do nosso passado
Onde nos omitimos em nossa própria covardia.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Julho de 2001 no dia 12.
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