Marcelo Zacarelli

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04 fevereiro 2012

Ruínas do Nosso Amor


Volto do passado com a roupa limpa
Porém meus sapatos empoeirados
o esconde a tristeza por lugares que passei
A frieza com que meus olhos observam cada passo em falso
o refletem um futuro promissor
Ainda ouço ao longe um grito estridente
Por alguém que clama por socorro
Com a alma soterrada sobre escombros
Por um castelo mal construído
Por pedras atiradas pelos lábios insensatos
Tijolos de calúnias desferidos pelos tolos
Minando a estrutura sólida de um frágil coração
Na minha fraqueza recorro aos arqueólogos da imaginação
Para que talvez possam esculpir parte deste meu existir
Meus sentimentos dentre as pedras esquecidas da ilusão
Perdidos em meio ás ruínas da solidão
Meu pensamento aprisionado pelas correntes da insatisfação
o podem libertar-me da prisão provisória dos meus atos
Tentarei ao menos me reerguer do pó vergonhoso da derrota
Nosso orgulho ferido e visão encoberta
Pela poeira da dúvida cegaram um novo dia
Vi o passado lentamente tragado
Pelas rachaduras da saudade
O relógio do futuro atrasar em meu pulso cansado
Mesmo ferido e arruinado pelas rugas do tempo
Retorno do passado com a roupa limpa
Porém meus sapatos ainda empoeirados
Jamais se curvarão novamente
Aos favores prestados da ingratidão.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Março de 2002 no dia 30.

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