Marcelo Zacarelli

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19 abril 2012

Lábios Carnudos


Como posso descrevê-la
Em um papiro branco; mórbido, persuasivo
Teus lábios carnudos
Tão próximo dos absurdos;
Veneras em teu olhar verde mar
Tinta guache borrada no infinito
Verde água das matas
Delineado torto contornado pelo impossível;
Tua boca engenharia do pecado
Faz-me falar em reverência
Palavras vagas, espontânea;
Faz me ajoelhar no anonimato
De sonhar um dia tocá-la
Ora por vezes à noite me assombra
Com teus cabelos negros me açoita
Sou teu escravo, de prazeres e tormentas...
Como posso descrevê-la
Deusa detentora da beleza;
Te imagino toda minha; todo dia, utopia...
Ora por vezes me imagino teu
E me consomes
Até que logo não mais existo.


“Homenagem á Fernanda Villarim Zacarelli”

Pelo Autor Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, Agosto de 2010 no dia 19.

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