O que mais podia feri-lo do que a solidão
O rosto surrado da infância pobre era flagrante...
Desde pequeno o abandono pela mãe
A morte viria buscá-la como prometera;
A casinha velha de sapé, as manhãs sem pão
As mãos castigadas de trabalhos incessantes...
A vida lhe cobrou tão cedo por migalhas vãs
E lágrimas escorreram corriqueiras;
Ainda jovem ouvia a voz do seu coração
Digno da rebeldia que lhe tomava por instantes...
Um homem no rosto de menino se escondia
A dor de perder alguém... A vida que esvaíra;
Ouviu-se a voz condoída, o medo de morrer então
Nos braços de um amigo; agonizante!
A lamúria de um menino chamando pela mãe
Ou um homem encarando Deus.
“Em memória de James Dean”
Fevereiro/1931 – Setembro/1955. (24 Anos).
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Setembro de 2012 no dia 28.
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