Preferes que te veja pela beleza real que ostentas
Ou que te devoras meus olhos em sutil destreza...
Posso te possuir a carne que lhe és servido sobre a mesa
Sem tocar-lhe à alma com infinita incerteza;
Em silente oportuno improvável dos meus lábios
Rasos, torturados, iminente detestável...
A insípida boca sente sede sufocável
Do teu beijo maleável, do teu calmo insuportável;
Esperas pelo golpe da ironia ofegante
Em reles oportunos disparates dos amantes
As tuas suadas mãos lhe suplicam por amparo
Na espreita ardilosa e severa do teu faro;
Promíscuo de um verde estonteante fictício
Castanho de um lodo contornado em precipício
Porém a gula dos meus olhos é um aviso
Provável dos lábios, que faz da morte um improviso.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Setembro de 2012 no dia 20.
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