Tenho o corpo cansado
A alma aflita...
Um par de calçados gasto
Nos pés árduas feridas;
Sou nômade da saudade
Peregrino solitário, um Narciso boêmio
Que se alimenta do imaginário;
Tenho fases que vão da lucidez à esquizofrenia
Vontade de morrer ou lutar pela vida...
Quem sou eu que clamo pela tempestade
E come o sol no deserto ao meio-dia;
Um andarilho forte e destemido
Um homem fraco a beira do suicídio;
Um dia em uma dessas viagens
Minha alma certamente não mais voltará
A dor certamente será apenas um consolo
E este pobre homem virá a descansar.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Março de 2012 no dia 18.
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