Tem dias que tenho vontade de
correr na chuva
Tropeçar com as pernas do meu
coração
Cair de peito em uma poça d’água;
Tem dias em que me sinto o lodo
da lama
Vejo a vida escorrer por entre os
dedos
À tarde de uma primavera ceifar
meus pensamentos...
Tenho por mim que o sol há de enxugar uma lágrima
Pois a maioria delas desceu pelas
enxurradas
A maquiagem da saudade se desfez
em solidão;
O tom laranja do céu faz da tarde
quase uma emboscada
A vida me lançou em rapel, a
morte me esperou na topada...
Nem a um, nem a outro; Por ora
não me faz falta.
O tempo estia e seca a nudez dos
meus olhos
Suborna o suor da longínqua
estrada...
Estou perdido e que ninguém me encontre
Utopia desta minha vaidade;
Utopia desta minha vaidade;
Tem dias que quero a noite só pra
mim
Escura, deprimida, repleta de
solidão...
No calabouço obstinado da minha
repugnância.
Tem dias que morro no amanhecer
de um dia
Mas a chuva cai e levam as rugas
do meu rosto
Sou jovem demais para renunciar a
vida.
Pelo autor Marcelo Henrique
Zacarelli
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