Marcelo Zacarelli

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12 fevereiro 2014

A Tribo dos Remanescentes


Dispersaram-se os corvos da imunda carnificina
Atiçaram os coiotes predadores, dentre o sangue das feridas;
Abutres disputavam os restos mutilados
Dos flagelos que tornastes tua tribo.

Vós, os remanescentes da grande tribulação
Sereis devorados em um só golpe
Teu exército sucumbirá como o pó do deserto
Qual sobe feito redemoinho a soprar em teus ouvidos
O estridente ruído da indignação.

Estarei adjunto a infantaria pesada
Subiremos montanhas à caça da vossa carcaça
Devastaremos as vossas esperanças
Aniquilaremos as vossas rosas
O vosso jardim tornar-se-á um seol de pétalas despedaçadas.

Cantaremos um cântico fúnebre em memória da vossa derrota
Na terra do esquecimento, as tuas lápides estarão em negrito
Todo olho que ver, lembrará da desonra da tua tribo;
Fecharemos a boca dos grandes lobos
Arrancaremos as vossas mandíbulas.

Todos os teus pensamentos tornaram-se ruínas;
Então escolheremos outros povos
Formaremos uma tribo leal aos nossos conceitos
Toda ideologia fútil escarnecida.

Jaz em um ataúde consumido pelo tempo
Seremos a tribo dos cavaleiros indulgentes
A vós antepassados desobedientes
Sereis lembrados na vergonha
Pela tribo dos remanescentes.

Marcelo Zacarelli
São Paulo, 24 de Janeiro de 2014



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