Marcelo Zacarelli

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01 março 2014

As Rochas não Falam


A Solidão, esta; Que habita no meu coração
Praia deserta de rochas silenciosas
Contam um segredo só meu.
Falo aos passarinhos, estes zombam de mim
Em perfeita sinfonia caçoam do meu sofrer.

Desabafo então com as pedras
Estas, não podem opinar a meu respeito;
Por que as desgraçadas não podem ouvir?

Vejo ao longe o mar abraçar as rochas
Estas, oferecem-lhe a face
Para que o sal palpem-lhes o queixo...
Tenho lágrimas que o sal do mar
Não as podem enfrentar.

Acendo uma fogueira na areia
Esta, faz-me lembrar o teu calor
Tomo um vinho seco
E fico a namorar a lua até a madrugada.

Quando o sol despenca no travesseiro
Imaginário do meu leito,
Levanto e preparo uma jangada
Ponho-me a desbravar os oceanos...

Em terra firme queixo-me as pedras
Estas, ficam a admirar o meu sofrer
Parecem murmurar aos meu ouvidos;
Mais dia menos dia, tudo parece mudar
As areias, os mares, eu e a solidão...

As rochas continuam mudas
Quanto as minhas queixas
Estas, são todas ouvido.

Autor: Marcelo Zacarelli
São Paulo, 15 de Janeiro de 2014





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