A Bela Zacarelli |
Regedor Indulgente,
mulher inteligente
Com a batuta dos
teus dedos
Faz o mar se
acalmar, um homem flutuar em pensamentos
O sol enxugar as
lágrimas no teu corpo quente
Um mortal se tornar
poesia no colo do teu seio
Tua voz atiça as
cordas vocais de um violino
E do estupefato
rabecão
Regedor insolente,
mulher prepotente
Com a labuta dos
teus precedentes
Levantas o coral
das torturas
Emudeces um homem
que te implora na loucura
Teces as fibras da
nudez e te faz transparente ao olhar da embriagues
Silencia a platéia
dos amantes desesperados
A ópera de um
opróbrio desgraçado
No púlpito da
benevolência
No ato do pecado da
adolescência
O infinito são as
notas por ti levianas
Lançadas aos teus
pés um homem se proclama
Na ira da tua
impaciência
A valsa se despede
das tuas mãos e termina
Reges a vida de um
homem que por ti se suicida.
Pelo autor Marcelo
Henrique Zacarelli
São Paulo, Janeiro
de 2011 no dia 10.
2 comentários:
Que mulher é esta? Seria a tua esposa? Belo poema, apesar de difíceis palavras, o teu poema é de valores considerados, tu expime na alma uma dor de quem convive com a própria. Aprecio teu trabalho e gosto do que escreves.
Fernanda Vasconcelos de Lima.
Cambuinha (PE)
Acredito que te inspirastes em tua esposa, apesar de macabra é envolvente e deves despertar orgulho nela, exuberante e arrogante na mesma medida.
Valéria Roberto Martinez.
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