Marcelo Zacarelli

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08 janeiro 2011

Sarcófago Rompido


Jim e Pamela Morrison













Espera romper o silêncio maldito de uma tarde de domingo
Onde possa se ouvir o ruído de uma lágrima
Espera-se que as folhas rastejem ao chão
Que a marcha das formigas continuem
Que as entranhas da terra gesticulem
Que os horrores dos sepulcros desconfiem
Olhar ao seu redor e olhares estranhos vos cumprimenta
As orações evocam desespero em calmarias
Alguém chegou primeiro e já te espera por hora
E quer te conhecer por vezes
A urna te fixa e te mede
O tempo lhe parece mais curto que te imagina
Uma noite era pra ser uma noite e um dia que nunca termina
Empresta teus ouvidos aos clamores
O som perceptível da labuta dos tremores
Teu odor ao terrível cheiro das flores
Não te despeça de um amigo que contigo ceava em vida
Quando a discórdia vos uniu em outras pelejas
A fatídica vida vos distraiu por um momento
Sinto estar chegando a hora
O sino que retina congela a alma
A sombria tumba reclama seus mortos
Outras sem vida reclamam sua vez
O coração é um sarcófago rompido
 Hora pela vida que desfaz
Hora por uma mulher que não o quer mais.

(Pensamentos Complexos)

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, Janeiro de 2011 no dia 07

2 comentários:

Anônimo disse...

Poesia digna de Jim Morrison, o pesar das palavras em fúnebres ideologias, inpiras a morte com naturalidade assustadora...

Rachel Oliveira Dutra.

Anônimo disse...

Relembras Willian Blak em fúnebres pensamentos, Morrison Também, A morte sempre está presente nos direcionando a uma realidade que ainda não conhecemos.

Gustavo Henrique Filho.