Vara-me a madrugada
Assalta-me de imaginações
Cala-me a voz
Como a noite sozinha
E vadia meus prazeres...
Segundos me separam
De realizar um absurdo
E detém-me acordado
Na prisão de um quarto;
Vara-me estranho julgar
Dilacera-me de indagações
Enfarta-me no algoz
Como a morte faminta
Na gula de haveres...
Vara-me em absoluto
Como o filho de fato
Que me parte neste ato;
Vara-me a luz que me cega
De terríveis alucinações
Cala-me coração em nós
Nesta despedida
Eis que é teu os meus
sofreres...
Segundos me separam deste
mundo
Uma vida na qual dado foi
tomada
Na mesa de um parto.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Dezembro de 2008 no dia 22.
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