Tempestade

Olhe agora para o céu

Este cinza que você vê é passageiro

As nuvens carregadas lacrimadas por si próprias

E a voz tremenda do trovão

Perder-se á no fim do horizonte;

Olhe mais uma vez para o céu

Aquele azul que você

Está acostumada a ver

Trará-te um arco em multicores

Agora é o momento da chuva

Molhar o teu rosto

Despi-te do medo e deixe

A nudez experimentar

O gelado cair das águas

Até aqui o sol te acompanhou...

E as marcas das tuas alparcas

Ficaram para trás;

Olhe somente para frente

E siga o teu coração

Não procure esquivar-se de si própria

Não são as águas que escolherão

Matar a sua sede

Nem a terra pode escolher o lugar

Para pisar os teus pés

Porém o que se vê são

Milhões de caminhos a seguir;

Assim que a tempestade passar

O céu estará aberto e limpo para você

Não deixe o cinza do céu amedrontar-te.

Pelo autor Marcelo Henrique zacarelli

Guarulhos, Agosto de 2007 no dia 13.