Marcelo Zacarelli

Marcelo Zacarelli

Visualizações de Página

20 setembro 2012

O Amor e a Poesia


Narrativa:

Era uma vez... Dois jovens que sonhavam
De tal forma que expirasse felicidade
Algo que os consumisse na carne
E assaltasse o coração...
Ele pervertido da adolescência a paixão
Ela precavida da emoção a razão;
Foi então que um olhar; um compenetrado olhar...
O jovem Pedro descobriu Janaína, que olhou para Pedro, que desejou Janaína, que falou com Pedro, que se encantou com Janaína, que...

Pedro:

Quem pode duvidar de um olhar
Que te faça falar, que força a calar
E a vida com os olhos fechados te faz enxergar;

Janaína:

Quem pode respirar um olhar
As narinas cessar, por um momento exalar
E em frações de segundo querer se entregar;

Pedro:

Ora... Os castanhos de tuas pupilas me fazem aproximar
E os teus lábios quererem beijar
São como imas que me atraem a te desejar;

Janaína:

Ora... O que fazes então esperar
Pois a vida parece depressa passar
E não tarda a vontade de em teus braços sonhar;

Narrativa:

O destino conspira na vida de ambos
De tal forma que a maturidade brincava com a inocência;
Algo que inspirava a alma, e acendesse o calor da indecência...
Ele descabido da situação, ela desconfiada da própria emoção;
Foi então que...

Janaína:

Nos meus olhos opacos e fechados
Como posso vê-los se já estão amordaçados
Sinto o suor frio e a respiração quente
De alguém que quer falar, mas em silêncio fita eloquente...
Petrifica os lábios estupefatos
Como posso fugir deste imprevisível laço do pecado;

Pedro:

Resuma toda minha reputação ao nada
Meu sangue quente tornara na veia gelada
Mas... Se for há mim que queres
Lança teu medo no fogo do reles
Já não sentirei culpas se aqui me perder
Logo após te beijar já não serei mais você;

Narrativa:

Como poderiam questionar a beleza do encontro?
Em noites horrendas ecoavam-se os dias...
Há... Mas o pior dos amores ainda estava por vir
Corpo a corpo, existir por existir...
Janaína estava pegando fogo, Pedro estava nervoso;
E foi então que...

Pedro:

Na vala da concupiscência me desfaleci
Provei o difícil da morte ou da sorte que me sorri...
No ápice da repugnância que me aquebranta na face
O céu estava na terra, e a terra no céu em disfarce;
Por teu amor me despi da pureza, que na juventude jurei carregar
Minha alma agora é gêmea e goza da liberdade do teu desejar;

Janaína:

Hei de esconder-te dentro de mim, pois te quero
Como o sol absorvido a meia noite, de valores sinceros
E a brasa que queima dentro de mim, te venera...
Pois sabes sofrer e o golpe certeiro do amor te espera;
E a beleza que tens não perderá em um simples olhar
São poucos que compreendem a beleza do deitar;

Narrativa:

Assim é no amor ou na poesia
Uma estória onde a dor se torna heresia
Onde a puberdade desmaia na hipocrisia
Onde a lua se esconde do sol, onde o sol da lua repudia...
Mas em um só coração a paixão reluta em bater
E o amor é inexplicável, impossível de se entender...
Foi então que em um olhar; um compenetrado olhar...
O Jovem Pedro descobriu Janaína, que enamorou Pedro, que casou com Janaína, que tiveram muitos filhos, que foram felizes muitos dias, que...


“Este Poema é uma Homenagem do poeta, ao casal maravilhoso, Pedro Henrique e Janaína Costa, qual se casou a pouco e que merecem toda felicidade, porque se amam de verdade”.


Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Setembro de 2012 no dia 20.

Nenhum comentário: