Sinto no ar um cheiro de solidão
O orvalho feito lágrima dissimulado
Asas que caem, folhas de carvalho
Palpitam na palma das mãos.
A saudade pode ser um sarro
Nítido de melancolia
Ruivas que caem na folia
Atoladas num vaso de barro.
Toda forma de desejo é um poço
Subitamente infinito...
Quando todo sorriso é bem vindo
Atrelado a tristeza do corpo.
Lá dentro as almas fazem algazarra
Compondo as marras nos vossos vícios
Zoando nos cantos entristecidos
Regem o canto as pobres cigarras.
Marcelo Zacarelli
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