Vulgo de si mesmo, reles os pensamentos
De
que se abdicou por estar sofrendo.
A
flâmula que queima, o lado esquerdo do seio
E
desce a vertente, a face que então; Horrendo...
Se
então labutar, e com os lábios ofegar
Esparramar-se-á,
em que de ti há de ansiar.
Padece
aquele homem, tão pérfido, seu coração...
Que
avalassa os rumores, de tamanha indecisão;
Qual
lhe quebram os ossos, a teia, tendenciosa
A
pele que escameia a face, da casca escabiosa.
Tinha
por porfia, encerrado na prisão
A
alma soterrada, estupefata admiração.
Solene,
a tua voz, soava em alarido mudo
Sobre
o sol das incertezas, lacrimeja o moribundo.
Sobre
a haste, a fincada carne, dissipada desfalece
Ao
jorrar o sangue quente, que no seu ventre umedece.
Tosco
é a saudade, que vareia os teus rumores
Promíscuo
da maldade, repentino como as dores.
Bem
cedo tomou a tua cama, e forjou desfalecer
As
vestes que de ti profana, qual jurou esmaecer.
Quantos
goles de sol, enjoou na sua garganta
Quantos
salmos decifrou, decorou na sua mantra.
Profundo
é o abismo, raso dos teus lábios
Fruto
de ti, absurdo; eloquentes em escassos.
Dentre
os mortais, reanimou o teu temor
Sobre
a ume, enterrou um segredo; pobre caluniador...
Viestes
a este, em tom de desespero
Calastes
a fim, o vitupério exacerbado dos teus erros;
Meândrico;
aqueles olhos, um pasmo...
Obsoleto;
até os ossos enterrados.
Descobriu-se,
de intempestivos cuidados
Ainda
tarde para um ato tão covarde.
Na
derrocada sincera da sua lágrima
Encontrou
abrigo na saliva salgada...
Teus
olhos rútilos absorvem um veneno
Suave
como a morte, de um brado tênue.
Soluça
a dor em seu travesseiro
Tão
aquieta mágoa que sentiu primeiro.
Tragou
a boca o sangue que te fez provar
Lâmina
da faca cega, lúgubre desejar;
Quem
dera bebesse o sol e vomitasse o vinho
Na
volúpia demente do seu quase desatino.
Um
vulto se desprega ao chão, parece fugir
Pela
fresta tangente, de modo a lhe possuir...
Lasciva,
e ao mesmo tempo prepotente
Frígida,
maleável, levemente transparente.
Rogas
no calvário, delinquentes pecados
Por
causa dos teus atos, heris obcecados.
A
pelugem estapafúrdia cobria-lhe o queixo
Tamanha
a ruptura guardada do desleixo.
Maltrapilho
vagava, mendigava o pão
Rouquejava
a sua lábia, por voraz aptidão.
Não
é a roupa mais que o homem
Nem
o leito mais que o chão?
Mas;
nem mesmo na morte um homem está sozinho
Ao
turvar os olhos, murmurar o seu sorriso...
Fundo
é a cisterna em que se afoga imundo
Da
vida a saudade que te torna inútil;
Sutura
os lábios razoável, latejados maldizentes
Reergue-se
do oculto, admirável e reluzente.
Pelo autor
Marcelo Henrique Zacarelli
Rua Bela
Cintra, (SP) Julho de 2013, no dia 15
Nenhum comentário:
Postar um comentário