Certo dia você acordou
E olhou para o mar
Surpreendeu-se com a sua
dimensão;
Não era maior que a dor,
Dor todavia que
sentias...
Não poderia enxugar do
rosto
Toda lágrima que caíra
Chuva fina todas elas
Levemente escorriam;
Não bastasse, a saudade da tarde era o
sol
Ao se por nos lábios que ardiam.
Para que chorar
Por alguém que não te
quer
A solidão que torna os
olhos daltônicos
O batom vermelho cor de
carne suicida;
Àquele que te trocou
Por amores não
correspondidos
Te abraçou como a primavera
E despediu-se como as
folhas de outono.
Não tenhas medo de abrir
Uma nova porta,
Todo horizonte
Conspira ao teu favor;
Furte as cores de um arco
íris
Dê um tom a este fim de
tarde
Aproveite agora
Que as poças estão
secando.
O céu vestiu-se de um
laranja assanhado
E agora descansa no seio
do infinito;
Encontre um novo amor
para te abraçar
E todas as tuas mágoas,
ser-lhe-ão sorrisos.
Marcelo Zacarelli
Bairro da Vila Madalena
(São Paulo)
Outubro de 2013, no dia
25
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