Marcelo Zacarelli

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17 dezembro 2010

Navio Negreiro


Henrique Morrison

















Navio negreiro, que flutuas no oceano...
A caminho da América pesarosa em teu seio
Vestido de negrume és incólume cargueiro
De escravos humilhados, exilados e profanos.


Covardes escravocratas, imundos traficantes...
Que conduzem a negraria sem destino e sem porte
Humiles negróides entregues a própria sorte
Infelizes algemados destas dores sois amantes.


Negros africanos, fugitivos são do próprio destino...
És vitima deste negreiro que transporta sofrimento
Do necrófago oceano, torturado e quase morto!
Sepultado sobre as águas sem piedade e sem respeito.


Entre os livros vasculhados, sublinhados e sem glória...
Esquecidos na estante, escrevinhados nesta história!
Por sua pele cor negrume, e cabelo esdrúxulo!
Falso júri de vaidade notória
Ignoram o testemunho de um negro sem memória.


Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2002 no dia 29
Itaquaquecetuba (SP)

Um comentário:

Anônimo disse...

Estive a ler alguns poemas do seu blog e tenho que o felicitar, excelentes poemas, O senhor escreve lindamente, em português, pois que estive a ler os seus poemas em francês, e o seu francês é tão mau que nem se consegue compreender o sentido do poema. Desculpe de lhe dizer isto, mas é para seu bem, Não faça traduções automáicas, creio que é o caso, são muito más essas traduções
Parabéns pelos seu poemas em português