Marcelo Zacarelli

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16 julho 2011

Minhas Quarenta Namoradas


A primeira foi a Bianca, primeiro beijo no vai e vem da balança;
Depois veio a Inocência, menina rebelde que curti na adolescência;
Lembro da Adriana, prima do Romeu, essa jamais me esqueceu;
Teve a Monique, sobrinha do Henrique, me convidava pra fazer piquenique;
Difícil é esquecer a Soraia, sempre dava praia, ela nunca fugia da raia;
Em Salvador encontrei a Daiana, linda baiana, humilde usava havaianas;
A mais ciumenta era a Daniela, tão bela, brigava comigo e jogava a panela no meio das minhas costelas;
Tinha uma tal de Cileide, do signo de touro, jamais negava fogo e ainda dava no couro;
Garota simpática era a tal de Andréia, só tinha um problema, vivia com diarréia;
Para dormir ninguém melhor que a Vitória, me contava umas histórias;
Ainda me lembro minha prima, uma tal de Vera, até hoje me espera, me venera;
Imagine a Mônica e a Verônica, cada beijo um estrago maior que a bomba atômica;
Conheci a Sabrina e a Valéria, em Fernando de Noronha, que às vezes fumavam maconha;
O que dizer da Fátima, uma lástima, me levou pra assistir o filme do Batman;
Também lembro a Alessandra, a Camilla e a Francisca, saia até faísca, todas as três moravam em Cumbica;
Namorei também a Rita, a mais esquisita, a filha do meio do Marcelo dentista;
Me recordo a Patrícia, irmã da Letícia, adorava me dar má notícia;
Inesquecível era a Ana, a mais sacana, por causa dela eu tomava umas canas;
Fiquei doente por causa da Márcia, gastava dinheiro demais na farmácia;
Teve a Janaína, minha sina, de todas a mais menina, namorava-me as escondidas;

Pensei na Samanta, que tanto me encanta, brigava comigo na hora da janta;
Ficava até com uma tal de Jéssica, comentavam pelo bairro que ela era até lésbica;
O que dizer da Maria, comadre do João, eu até desconfiava que ela fosse sapatão;
Lembro a Rosana, a gente dava umas bandas, tomava uns conhaques no fim de semana;
E a sapeca da Luana, leviana, fazíamos amor debaixo da cama;
Tinha a Luzia cunhada do Jardel, nunca eu tinha dinheiro pra levá-la ao motel;
E quanto a Simone, filha do Pedro, me dava até medo, adorava contar um segredo;
Por causa da Judite, acredite, quase morri de hepatite, estourava que nem dinamite;
Pior foi a Renata, a filha da Espanhola, por causa dela deixei de jogar bola, cabulava na escola, cheirava até cola, e quase acabei na esmola;
Tenho uma foto da Fernanda, sobrinha da Anita, não era fingida, adorava alugar umas fitas;
E a tal de Izabela, uma fera, toda histérica, brigávamos por causa de novela;
Em Jaboticabal, namorava a Marta, sem graça, até hoje me escreve umas cartas;
Que saudades eu tenho da Bia, me escrevia poesia, só tinha um defeito, bebia, escondia a garrafa debaixo da pia;
O que dizer da Paula, que na cama me dava até aula;
Gostosa era a Raquel, filha da merendeira, me dava bobeira, me dava também debaixo do pé de bananeira;
Das quarenta que eu tive que ninguém se engane, meu amor eternamente sempre foi a Tatiane.

 
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba 17 de Março de 2002.

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