Uma vontade
incontrolável grita dentro de mim
As vozes se
calam
Minha alma
sente sede, desejo estranho
As correntes
ferem meu pulso, continuo caminhando
A caravana
passa os insanos
A cabeça
sangra, sinto medo
As aves
rodeiam o tempo todo
A matilha de
cães famintos, inimigos
A coragem
desconfia.
Certa vez
lembrei-me de algo
Não dar as
costas aos predadores
Não caminhar
só à luz do dia
A noite é
amiga da covardia
O instinto
falha quando precisa
Quem sonha
acordado amanhece na sepultura
Os assassinos
estão às portas furtando vidas
Somente os
fortes sobreviverão.
Seremos flores
plantadas ao deserto
Não restará
pedra sobre pedra
Ficarão os
escombros como lembrança
Almoçaremos
com os escarnecedores
Os lobos
tomarão como fiança as nossas almas
A ignorância é
a maior inimiga do homem
Quem tem
sabedoria guarda sua porção
Não atira aos
porcos
As migalhas da
própria consciência.
Homens predadores
de homens
Escora-se em
histórias sofridas
Atrasam o
relógio do tempo
Por dois mil
anos
As sepulturas
vos esperam
Não haverá
lembranças
Hoje o dia não
nasceu
O sol
escondeu-se de vergonha
Escureceu pra
sempre no coração do homem
Que deixou de
existir por opção própria.
Curiosamente este
Poema fora elaborado na loja do Pavilhão D’água
“Da Fonte de água
Mineral Itágua, por volta das 09 h da manhã, não tendo o Poeta nenhuma ciência
do acontecimento histórico da queda das Torres gêmeas do World Trade Center nos
Estados Unidos até aquele momento.”
Pelo autor
Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba,
Setembro de 2001 no dia 11.
Nenhum comentário:
Postar um comentário