Não sei
explicar a dor que sinto, mas sei que é forte;
Não sei
explicar o amor que sinto, mas sei que me consome. Minha paciência me incomoda,
já não posso mais esperar aqui sozinho. Alguma coisa acontece comigo, tira a
minha paz por completo, deve ser a paixão. Por que ficarmos um longe do outro,
quando desejamos os mesmos sonhos, para que o orgulho ferido se possamos nos
entregar sem medo de se machucar. Não devemos guardar segredos, pois sabemos
que fomos feitos um para o outro, e não há nada que possa mudar este destino
que nos une um ao outro. Não podemos fugir daquilo que é a nossa própria vida,
não existe outro lugar, nem outro mundo, eu já procurei, eu já estive lá, e não
encontrei amor, somente a solidão esculpida em meu rochoso coração, que se fez
como pedra para não mais sofrer. Acho que nasci para viver só, quando não sei
explicar o que sinto, a minha cama tem lugar para dois, eu e a solidão. Não sei
explicar a saudade, pois perdi a minha identidade, talvez eu viva para explicar
a minha verdade, onde eu vivo mentindo que não te amo, para nunca mais sofrer.
*** Carta de um
homem à beira da esquizofrenia ***
Pelo autor
Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo,
Julho de 1987 no dia 06.
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