Havia um tempo em que um pássaro voava por entre os
gramados... Não era para bicar um feno, mas para infernizar a vida de um João,
como eram conhecidos aqueles que pairavam com a missão ingrata de pará-lo; Mas
o certo é que Garrincha era imparável... Todos sabiam que a direita era o
caminho; Talvez fosse isso, por todos saberem o caminho ninguém o encontrava.
Mas Garrincha sabia o que fazia e passeava como se ninguém pudesse
acompanha-lo. Brincava como uma criança, sem responsabilidade alguma, conduzia
a bola com suas pernas tortas. Talvez o destino soubesse que uma estrela
solitária deveria brilhar no Glorioso, foram ali com o manto alvinegro que este
Mané proporcionou ao mundo as suas peripécias futebolísticas. Encantou o mundo
e representou uma nação que hoje tem orgulho de tê-lo como protagonista em sua
história vitoriosa. Mas houve um dia em que este “Garrincha” como todo pássaro
que se preza, bate suas asas e despede-se do cenário visual dos corações
carentes de sua arte. Liberta-se de uma maneira precoce, porém sabemos que, ou,
tentamos compreender que, como imortal que o era não poderia ficar muito tempo
entre os mortais; Deixou órfãos os seus joões de seus dribles estonteantes, mas
também deixou saudosos corações e amantes do futebol inesquecível dos teus pés.
Hoje uma pedra relembra que “Aqui jaz em paz aquele que foi a Alegria do Povo”,
porém não há uma foto se quer em seu epitáfio, descaso de autoridades que
jamais serão lembrados em sua história, como foi e sempre será este gênio do
futebol. Tem problema não, é como se soubessem que este pássaro sempre irá
pousar, por vez ou outra, irá visitar uma perna alheia e protagonizar aquilo
que mais sabia fazer, “Humilhar um João e fazer o Gol”. Mané, você estará para
sempre gravado em um Epitácio sagrado, que é o coração daqueles que conhecem a
sua história, e que jamais se esquecerá dos teus feitos. Descanse em Paz, e
quando fizer um gol aí no céu, venha comemorar com a gente, porque jamais
iremos reduzir a glória dos teus feitos.
Manoel Francisco dos Santos 28 de Outubro de 1933 / 20 de
Janeiro de 1983.
Pelo autor
Marcelo Henrique Zacarelli
Village,
Janeiro de 2013 no dia 20.
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